terça-feira, 31 de janeiro de 2006
Competição e embaraço
Máximas e praticantes
Uma boa reforma ou apenas a cegueira?
segunda-feira, 30 de janeiro de 2006
Destrezas & polémicas
Para mim, já é biscoito que faz parte da normalidade da brincadeira: há quem o atire e há quem o agarre como pode, agilmente.
É por isso que a razão de João Pedro George me parece contundida, demasiado ferida, ou não haverá nela um tom de verdadeira exasperação (apesar de todo o coro grego em volta)?
Fica a pergunta.
Enigmas do "gender"
Post Scriptum
(José Manuel Fernandes, Público de hoje, sem links)
Unir Gaia ao Porto
Afinal, I love greens
domingo, 29 de janeiro de 2006
Os dons da neve - 25
Os dons da neve - 12
Os dons da neve - 7
Os dons da neve - 1
sábado, 28 de janeiro de 2006
As abduções da aspirina
Proximidade (act.)
Distância
sexta-feira, 27 de janeiro de 2006
Azeite e vinagre
quinta-feira, 26 de janeiro de 2006
Intensidades
quarta-feira, 25 de janeiro de 2006
I´m a material girl
terça-feira, 24 de janeiro de 2006
Do que me fui lembrar
A comoção do ócio perdido
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Quando o Flatiron era um solitário (foto de 1904, embora impressa em 1909). Um século depois, o que é que esta imagem respira? Um tédio que apetece rasgar ao sabor do ócio sem fim. É a minha memória, mas é também a minha imagem do dia. E ambas se confundem. Lembro-me de ter ido comprar, numa livraria das redondezas, dois livros sobre G. Vico. Estão agora ali em minha frente na estante. Não havia ninguém nos passeios, era um sábado à tarde, e o calor do início de Junho estava mais do lado do ócio profundo do que de qualquer brilho entediado. Depois, veio a noite e com ela a redenção mais involuntária que volto a pressentir no olhar de Edward Steichen. Afinal, há uma mesma noite a cruzar o simples parapeito que liga dois séculos.
segunda-feira, 23 de janeiro de 2006
Revelando
Em cima
Pela diferença mínima
domingo, 22 de janeiro de 2006
Eleições: simples linhas de fuga
Estado: Para além das saudações, a questão mais substantiva do discurso de Cavaco Silva foi o realce atribuído ao papel do estado social.
Contribuição: Mais de um quarto do eleitorado de Sócrates (cerca de meio milhão de almas cor-de-rosa) convergiu claramente na maioria que elegeu Cavaco e Silva.
Romantismo: Alegre foi o grande vencedor de um campo que nunca imaginou sequer poder vencer as Presidenciais.
O Caso da Noite: De forma inqualificável, Sócrates ocupou o espaço televisivo de Alegre e as televisões deram cobertura à desnecessária manobra.
Tramóia: A Eurosondagens teve um comportamento miserável, no final da semana passada, que manteve total imunidade durante o longo especial da SIC.
Ressentimento: Soares silenciou as suas próprias feridas, mas não conseguiu ofuscar o tremendo ressentimento da derrota.
Contenção: O PSD foi um vencedor justo, cujo grito se propagou com um eco pleno de quase mutismo.
Simpatia: Jerónimo de Sousa provou a razão que o leva a ser o Rodolfo Valentino de Santa Iria da Azóia.
Delíquio: O CDS-PP venceu uma batalha eminentemente táctica num espaço que não é o seu.
Crédito: Por décimas, o Bloco de Esquerda pôde recuperar os débitos da campanha eleitoral.
KO: O PS sofreu uma das maiores derrotas da sua história: a verdadeira síndrome socialista de Octávio Pato.
Antes da Ordem do Dia: Em tempo real (às 19.08 h.), José Pacheco Pereira respondia-me: “Neste caso, a lei tem sentido: não divulgar resultados virtuais, enquanto existem votações reais”.
Cátia: Passada a circum-navegação, um bom e pacífico regresso a Évora!
Helena Roseta: E agora, Alegre?
Joana Amaral Dias: E agora, Louçã?
Ovídea de Sousa: E agora, Jerónimo?
Cavaco: a isocronia socrática é o território de uma nova estabilidade política, desejada e pressentida, há algum tempo, pelos dois.
O perigo
Crónica ao intervalo
Notícias do pátio
sábado, 21 de janeiro de 2006
Comporta (act.)
sexta-feira, 20 de janeiro de 2006
quinta-feira, 19 de janeiro de 2006
Grande polémica do dia
quarta-feira, 18 de janeiro de 2006
O mundo da “Cultura” - 5
Não há muitas actividades que se encarem a si próprias como se fossem “slogans” a pairar no espaço público.
Mas quando tal acontece, verifica-se que:
(a) são particularmente convidativas por fazerem depender a sua afirmação de calculados artifícios de linguagem;
(b) denotam uma desmedida vontade de vida e transcendência exclusivas (só se responde, de facto, a um ‘slogan’ com um outro ‘slogan’);
(c) dispensam o princípio lógico que passa pela necessidade probatória dos seus actos e mensagens;
(d) baseiam-se na audácia da repetição (ascendendo daí ao purismo do dogma);
(e) dissimulam ou simulam ‘mundos’, por princípio, quando a si se referem;
(f) adequam-se, através de uma indiscutível ética de ‘auto-dignificação’, a recursos, espaços e meios que são geralmente alheios à sua própria exposição e acção.
O mundo da “Cultura” – 4
Há duas atitudes para interpretar a cultura, desde que ela se tornou em objecto reconhecível (Herder): ou entendê-la como uma coisa tão natural como a transpiração nos dias de verão, ou entendê-la como uma mera construção.
Poderão existir marcas de intencionalidade que atravessem quer a construção (chamemos-lhe assim) ‘natural’ - a gruta ou a ruína -, quer a construção ‘arquitectada’. No entanto, não há arquitectura, por mais tradicional que seja, que não dependa de circunstâncias, de acasos, de equívocos, de intervenções singularizantes e sobretudo de regras razoavelmente estritas que envolvem quem a habita e significa.
O mundo das actividades hoje em dia consideradas “culturais” entende-se a si próprio a partir de um domínio tácito (como se reflectisse, no seu agir, uma natureza eminentemente estável) e, portanto, próximo do “natural”. Um grande “homem de cultura” corresponde, nesta medida, a uma referência quase platónica que escalou até à luz, ou até à santidade maior da “Ideia”.
Num espaço público cada dia mais acentrado, cada dia mais distante da relação clássica entre auditórios e emissores, cada vez mais baseado num fluxo omnipolitano de imagens em rede, que lugar existirá ainda para uma tal efígie olímpica?
De facto, existe, como se viu (ver post actualizado sobre o assunto). Mas não existe como já existiu. E, melhor ainda, acontece que deixará de existir como parece ter sempre existido. Ilusão óbvia, mas sempre ofuscada e diluída por quem legitima o “mundo da cultura” – de modo pretensamente natural -, tal como as abelhas legitimam o seu próprio mel.
Subir na vida
terça-feira, 17 de janeiro de 2006
O mundo da "Cultura" - 3
Para que serve uma fotobiografia?
O mundo da ”Cultura” - 2
Na cidade onde nasci (Évora), no fim do século XIX, a iniciativa privada construiu um teatro cujas dimensões ainda hoje são desproporcionadas. A música sobrevivia então em bandas populares e nas aulas de piano que atravessavam as casas mais ricas. Eça viveu por aqui ainda jovem e escrevia de lés a lés todo um jornal (sem grande queda “cultural”) para ganhar a vida – não havia “subsídios” para a juventude com “potencialidades culturais” –, enquanto a fotografia era matéria de pose e as demais artes visuais eram pagas simbólica ou caritativamente sob peso da encomenda (porventura da igreja e de alguns privados). A acérrima defesa do “património” só apareceu mais tarde, com certo pioneirismo nesta terra que, nos anos vinte, já se vendia como “cidade museu”. Na época, o gosto era dominado pelo encanto das “ruínas fingidas”, muitas delas encenadas nos novos passeios públicos e oriundas dos conventos derrubados, um após outro, para abrir novas praças. O estado, por seu lado, não se entendia a si próprio como um guia das coisas da criação (mesmo das artes hoje consideradas “populares”) e muito menos entendia dever gerir aquilo que, hoje em dia, designamos por “actividade cultural”.
Esta história, que tem uma escala mínima, é, no entanto, uma história bem mais geral. Quer isto dizer que a incidência estatal no chamado “mundo da cultura” foi praticamente nula até aos anos trinta do século passado. O modo com que significamos e tematizamos a questão é, pois, ainda muito recente: nela cabem apenas umas três gerações. Sem retirar nada do que escrevi no ‘post’ de baixo – e sabendo que aquilo que designamos hoje por “política cultural” não tem mais do que um efectivo quarto de século de vida -, creio que o nosso autoproclamado “mundo da cultura” é muito frágil, carente, mas também arrogante e doutrinalmente paternalista, embora ressentidíssimo pelo facto de a actualidade hipertecnológica e mediática não lhe ligar praticamente nada. É devido a essa quase saída de cena que o nosso pequeno “mundo cultural” anseia como nunca, hoje em dia, ao dirigismo e ao protectorado estatal ilimitado.
segunda-feira, 16 de janeiro de 2006
O mundo da "Cultura" - 1 (act.)
Existe um mundo da cultura, ponto final. Um mundo que se autoproclama (tal como um país se proclama) e que tem uma imagem própria claríssima: vê-se, nas sociedades actuais, como a derradeira luz de uma sacralização perdida. Esse mundo da cultura é composto por: (a) uma restritíssima bolsa de arte; (b) um conjunto estável de encenadores, músicos e actores residentes (apesar do nomadismo cíclico); (c) alguns escritores convidados (vão a todas os colóquios oficializantes); (d) um parco número de programadores “culturais” empiricamente certificados; (e) anfitriões vários de subsídios regulares (locais, regionais e nacionais); (f) bolseiros e jurados que distribuem os dinheiros anuais do cinema; (g) alguma encenação concorrencial entre ‘opinion makers’ (o legado dos antigos “intelectuais” e “críticos”); (h) mentores de diversíssimos “patrimónios”; (i) algumas instituições do estado (central e local) e privadas (fundações, etc.); (j) um pequeno recorte dos 'média' (em formatos variados que actualizam o chamado "jornalismo cultural"), (l) uma razoável rede em grande medida estatal de contratantes de “eventos” (produtores, agenciamentos, adjudicantes, etc) e (m) políticos e patrocinadores que recorrem ao simulacro e à actividade culturais com finalidades óbvias. Tal como na escatologia medieval, o grande convento tem que ser tratado, apesar da fé (da doutrina e do poder da “criação”). Eis, pois, onde deve entroncar a discussão, para além dos caprichos circunstanciais tipo “pós-cultura”: até que ponto se está, ou não, disposto a utilizar recursos públicos para salvaguardar a plenitude e a existência do grande convento contemporâneo?
Os segredos da EDP
domingo, 15 de janeiro de 2006
Domingo triste
sábado, 14 de janeiro de 2006
Por fim, neste Sábado
e
Chego a este céu no fim-de-semana. Por baixo: as fontes circulares, os terraços floridos, a vertigem das cercas, as gárgulas, os ocres claros, tons de rosa que esmiuçam fachadas, cisternas, musgos rasteiros, crisântemos, efígies de cal, mas também o prazer da vilegiatura, o memorial sem objecto, a litania sem divindade e a invocação sem quaisquer musas ou meteoros. Enfim, o peso que demorará o tempo para além da impaciência.
O silêncio dos silêncios
Há sempre uma verdade no nome
Alphonso d'Abruzzo - Alan Alda.
Archibald Leech - Cary Grant.
Cherilyn Shakisian - Cher.
Tom Mapother – Tom Cruise.
Bernie Schwarcz - Tony Curtis.
Diane Friesen - Dyan Cannon.
Margaret Hyra - Meg Ryan.
Eugene Orowitz - Michael Landon.
Frances Gumm - Judy Garland.
Issur Danielovitch - Kirk Douglas.
Mauirice Micklewhite – Michael Caine.
Michael Guitosi - Robert Blake.
Shirley Schrift - Shelley Winters.
Walter Matuschanskayaski - Walter Marthau.
E no resto, haverá?
Lateralidades
Sociedade de informação
“(… ) a PT apurou que a informação foi prestada relativamente aos números solicitados, tendo sido ocultada por um filtro informático os restantes dados referentes a outros números do mesmo cliente - cuja identidade é sempre desconhecida pelos serviços.”
e