O segundo golo do FCP contra o Arsenal, na passada quarta-feira, dia 17 de Fevereiro, é a imagem nítida do estilo que, décadas após décadas, se foi desenvolvendo no clube. Não é apenas uma questão do clube, nem da inocência do árbitro que – circunstancialmente – validou a jogada (Wenger, na altura, foi civilizado e limitou-se a dizer que a cena foi “risível”). O lance implica a esperteza, o ‘ver-se-dá’, a tentação do truquezinho, ou seja: uma espécie de ‘vale tudo’ que funciona como tufão sempre a tentar escapar às regras (sejam elas quais forem: éticas ou as outras). Nem sempre bate certo, mas, dentro das nossas cândidas fronteiras, tem dado um resultadão. Há várias décadas. E o curioso é que há empresas, políticos populistas e até alguns media que adoram este tipo de alarvice papal. É uma parte do nosso país a carburar no seu melhor.