sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Os vilipêndios e o poder temporal

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Almeida Pereira voltou atrás e, de um momento para o outro, recusou o convite do ministro da justiça (que antes aceitara...) para dirigir a Polícia Judiciária do Porto. Num comunicado interessante e curto, o magistrado explicou a súbita recusa, alegando ter sido «objecto de calúnias, infâmias e vilipêndios de proveniência nunca assumida», desde o momento em que se tornou pública a possibilidade de se (re)posicionar em terras invictas. Um dia, far-se-á a história da real influência papal (em vários sentidos) nestas e em muitas outras ocorrências. Ou pensam que o relvado é um reino que cabe apenas dentro das quatro linhas? Não haja ingenuidade: há reinos de impunidade de que nem Garibaldi gostaria de se aproximar. Os próximos episódios prometem: as nomeações que se seguirem terão sempre em conta, não tanto o que é uma polícia, mas sim o cheiro de um balneário. Enganar-me-ei?