sexta-feira, 6 de abril de 2007

Encarnação

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Para mim, os feriados são rigorosamente arbitrários. Sei que um primeiro de Dezembro e um quinze de Agosto são diferentes, é verdade. Mas vão dar ao mesmo: não venero deuses, nem fardos ou tutelas de tipo prosaico. Creio que aprendi a não viver dessa infância do reconhecimento. Há sempre a excepção do dia de anos, é claro. Mas no meu aniversário, não se verifica jamais esta pasmaceira doentia: passeios vazios, cafés entediados, mancebias turísticas, enfim, uma espécie de pós-vida sem ruínas.