terça-feira, 31 de maio de 2011

Camilo

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Saiu ontem a público o editorial da semana do site PNETliteratura. Ler tudo aqui.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

O design como abordagem

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Neste link podem ainda ser lidos todos os editoriais que escrevi - quase durante um ano - para o site PNETdesign. As palavras vão e outras vêm. Fica apenas o que as fez partir para este mundo, um dia. O que terá sido, realmente? (a foto é de uma estante do Ron Arad).

Um alívio


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Finalmente suspiro de alívio. Porquê? Nenhuma razão confessável. O que se poderia confessar não tem lugar na esfera do que se diz. A confissão pertence a uma esfera que herdamos silenciosamente, tal como se pode herdar a forma de uma âncora depositada num cais. Formas que dão ao corpo a sua forma. Seja o corpo da confissão, seja o corpo de um utensílio como é uma âncora. Dizer pertence a outra esfera: acto imediato que molda linguagens que nos são dadas e que reinventamos para separar o que fica do que jamais poderia ficar. Eu não digo um boi, digo o que sugere aquele animal em concreto. Eu não confesso a minha ira, confesso o que a confissão me diz sobre a possibilidade de me libertar de qualquer coisa, proferindo-a.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Ignição e leme

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A agradável sessão a que compareci na passada quinta-feira, na Biblioteca Municipal António Botto de Abrantes, fez-me perceber que é injusto relegar para terceiro plano este meu espaço na rede que, ao contrário do que consta no Header, cumprirá oito anos de vida em Julho próximo. Verifiquei que a cuidadíssima apresentação que José Alves Jana fez dos meus livros (sem esquecer os ensaios) teve como fonte, em alguns aspectos, o arquivo vasto que o Miniscente já incorpora. Irei, pois, tentar passar, pelo menos, a registar - tal como faço no Facebook - os editoriais, artigos e conferências com que vou dando ignição e leme aos meus próprios traços. Afinal um blogue é um espaço de inscrição pessoal, de auto-referência e de íntima navegação.

Roth vs. Oliveira

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Já saiu o editorial do site PNETliteratura desta semana. Desta vez a abordagem relaciona o último Roth com um filme de Manoel de Oliveira. Ler tudo aqui.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

O rumor das regateiras

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Um rumor propaga-se ao longo da rua. Um rumor cresce com os anos. Há nestes rumores uma repetição. O que é dito e redito não deixa de repetir o troar das palavras de ordem. De um lado e do outro do espelho. E o mais difícil é sair do meio dessa simetria insidiosa. A favor ou contra, da direita ou da esquerda, o que se diz é quase sempre o mesmo: a repetição. Uma repetição que escapa ao jogo, ao imponderável, à tentativa de superação. E lá continua sempre o mesmo rumor ao longo da rua, ao longo dos anos, ao longo da cortina estriada dos media. Sejam media clássicos ou destes - ligados à rede - que chegaram a ser aparentemente mais livres e até promissores. Há um niilismo no discurso público que o faz ser cinza antes de arder. Não há labaredas no rumor que cresce com o pasmo dos anos. A aridez veio e chegou para vencer. E para ficar.