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O Miniscente tem estado a publicar uma série de entrevistas acerca da blogosfera e dos seus impactos na vida específica dos próprios entrevistados. Hoje a convidada é Ana Luísa Silva, 26 anos (http://horas-perdidas.blogspot.com/).
O Miniscente tem estado a publicar uma série de entrevistas acerca da blogosfera e dos seus impactos na vida específica dos próprios entrevistados. Hoje a convidada é Ana Luísa Silva, 26 anos (http://horas-perdidas.blogspot.com/).
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- O que é que lhe diz a palavra "blogosfera"?
De um ponto de vista objectivo, exactamente aquilo que a palavra traduz: o conjunto de pessoas que utilizam blogues como meio de comunicação, sejam eles bloggers ou seus leitores. Pessoalmente, vejo a blogosfera como uma comunidade, um universo paralelo, onde cada um pode adoptar a identidade que escolher, expressar-se com total liberdade e partilhar pontos de vista, trocar ideias, debater desde política a ciência, literatura a astrologia, e onde, a par do que acontece na sociedade real, se descobrem empatias, amizades e até ódios de estimação.
- Qual foi o acontecimento (nacional ou internacional) que mais intensamente seguiu apenas através de blogues?
É difícil definir um acontecimento em particular, na verdade, desde que entrei na blogosfera que sigo atentamente todos os acontecimentos nacionais e internacionais através de blogues, permitindo-me ter uma visão alargada sobre as várias posições, quer políticas ou éticas, de um ponto de vista neutro ou pessoal, o que não deixa de ser interessante. De momento, talvez o tema que siga mais intensamente seja o referendo do aborto.
- Qual foi o maior impacto que os blogues tiveram na sua vida pessoal?
Imenso! Entrei na blogosfera por acaso, quase por brincadeira, e na altura nunca pensei que passados quase dois anos ainda escrevesse regularmente e muito menos que tanta gente me viesse a ler. Tinha acabado a licenciatura há pouco tempo e estava à procura de emprego, pelo que tinha imenso tempo livre. Visitei o blogue de uma amiga, e decidi criar um como forma de me distrair e ocupar o tempo. Nunca tinha escrito e nem sabia que gostava de escrever, estava habituada a escrever relatórios e monografias de carácter científico onde o sujeito é inexistente e o texto se pretende impessoal, pelo que foi um desafio começar a escrever na primeira pessoa e desenvolver a minha criatividade. Hoje quase não passo sem esse exercício e tornou-se uma forma importante de expressão e crescimento pessoal, permitindo-me extravasar sentimentos e opiniões, e também uma forma de distracção, divirto-me muito, tanto a escrever como a ler outros blogues.
- Acredita que a blogosfera é uma forma de expressão editorialmente livre?
Acho que todo o conceito de blogosfera assenta exactamente nessa premissa, a liberdade total de expressão, onde qualquer um se pode manifestar, independentemente da sua opinião, da sua formação, educação, escolaridade. Pessoas que à partida jamais teriam a possibilidade de comunicar com o grande público, ver a sua voz ouvida através dos meios tradicionais de comunicação social, podem fazê-lo aqui sem restrições, sendo essa liberdade e igualdade de oportunidades o que torna a blogosfera tão interessante. De outra forma como é que uma miúda que escreve umas coisas por graça chegaria aqui?
- O que é que lhe diz a palavra "blogosfera"?
De um ponto de vista objectivo, exactamente aquilo que a palavra traduz: o conjunto de pessoas que utilizam blogues como meio de comunicação, sejam eles bloggers ou seus leitores. Pessoalmente, vejo a blogosfera como uma comunidade, um universo paralelo, onde cada um pode adoptar a identidade que escolher, expressar-se com total liberdade e partilhar pontos de vista, trocar ideias, debater desde política a ciência, literatura a astrologia, e onde, a par do que acontece na sociedade real, se descobrem empatias, amizades e até ódios de estimação.
- Qual foi o acontecimento (nacional ou internacional) que mais intensamente seguiu apenas através de blogues?
É difícil definir um acontecimento em particular, na verdade, desde que entrei na blogosfera que sigo atentamente todos os acontecimentos nacionais e internacionais através de blogues, permitindo-me ter uma visão alargada sobre as várias posições, quer políticas ou éticas, de um ponto de vista neutro ou pessoal, o que não deixa de ser interessante. De momento, talvez o tema que siga mais intensamente seja o referendo do aborto.
- Qual foi o maior impacto que os blogues tiveram na sua vida pessoal?
Imenso! Entrei na blogosfera por acaso, quase por brincadeira, e na altura nunca pensei que passados quase dois anos ainda escrevesse regularmente e muito menos que tanta gente me viesse a ler. Tinha acabado a licenciatura há pouco tempo e estava à procura de emprego, pelo que tinha imenso tempo livre. Visitei o blogue de uma amiga, e decidi criar um como forma de me distrair e ocupar o tempo. Nunca tinha escrito e nem sabia que gostava de escrever, estava habituada a escrever relatórios e monografias de carácter científico onde o sujeito é inexistente e o texto se pretende impessoal, pelo que foi um desafio começar a escrever na primeira pessoa e desenvolver a minha criatividade. Hoje quase não passo sem esse exercício e tornou-se uma forma importante de expressão e crescimento pessoal, permitindo-me extravasar sentimentos e opiniões, e também uma forma de distracção, divirto-me muito, tanto a escrever como a ler outros blogues.
- Acredita que a blogosfera é uma forma de expressão editorialmente livre?
Acho que todo o conceito de blogosfera assenta exactamente nessa premissa, a liberdade total de expressão, onde qualquer um se pode manifestar, independentemente da sua opinião, da sua formação, educação, escolaridade. Pessoas que à partida jamais teriam a possibilidade de comunicar com o grande público, ver a sua voz ouvida através dos meios tradicionais de comunicação social, podem fazê-lo aqui sem restrições, sendo essa liberdade e igualdade de oportunidades o que torna a blogosfera tão interessante. De outra forma como é que uma miúda que escreve umas coisas por graça chegaria aqui?
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Entrevistas anteriores (apenas a Série II): Eduardo Pitta, Paulo Querido, Carlos Leone, Paulo Gorjão, Bruno Alves, José Bragança de Miranda, João Pereira Coutinho, José Pimentel Teixeira, Rititi, Rui Semblano, Altino Torres, José Pedro Pereira, Bruno Sena Martins, Paulo Pinto Mascarenhas, Tiago Barbosa Ribeiro, Ana Cláudia Vicente, Daniel Oliveira, Leandro Gejfinbein, Isabel Goulão, Lutz Bruckelmann, Jorge Melícias, Carlos Albino, Rodrigo Adão da Fonseca, Tiago Mendes, Nuno Miguel Guedes, Miguel Vale de Almeida, Pedro Magalhães, Eduardo Nogueira Pinto, Teresa Castro (Tati), Rogério Santos, Lauro António, Isabela, Luis Mourão, bloggers do Escola de Lavores, Bernardo Pires de Lima, Pedro Fonseca, Luís Novaes Tito e Carlos Manuel Castro, João Aldeia, João Paulo Meneses, Américo de Sousa, Carlota, João Morgado Fernandes, José Pacheco Pereira, Pedro Sette Câmara, Rui Bebiano, António Balbino Caldeira, Madalena Palma, Carla Quevedo, Pedro Lomba, Luís Miguel Dias, Leonel Vicente, José Manuel Fonseca, Patrícia Gomes da Silva, Carlos do Carmo Carapinha, Ricardo Gross, Maria do Rosário Fardilha, Mostrengo Adamastor, Sérgio Lavos, Batukada, Fernando Venâncio, Luís Aguiar-Conraria, Luís M. Jorge, Pitucha, Gabriel Silva e Masson. Agenda para esta semana (de segunda-feira, dia 29/01/07, ao sábado, dia 03/02/07): João Caetano Dias, Ana Luísa Silva, Ana Clotilde Correia (aka Margot), Tomás Vasques, Ticcia Patrícia Antoniete e Maria João Eloy.