sábado, 12 de agosto de 2006

Férias - 44

O hiperterror junta à destruição pura e à morte indiscriminada de pessoas inocentes uma engenharia da apoteose espectacular. Creio que os autores reais destes crimes sem nome, quando consumados, se interessarão muito mais pelo impacto da apoteose do que pelas vidas (à parte a avaliação meramente estatística). Contudo, o trunfo político da cultura terrorista da morte não reside nesta ou naquela apoteose particular, mas antes em fazer crescer nas sociedades livres - com sucesso, infelizmente, em alguns casos - a certeza iminente de que não sobreviverão e de que, portanto, não terão futuro nem defesa possível.
(12/8)