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O noticiário das onze da manhã da TSF abriu com a seguinte notícia: “Israel acaba de assassinar o líder do braço armado da gihad islâmica”. Não é preciso ser muito engenhoso para compreender que existem inúmeras formas de tratar um mesmo facto. Por exemplo: “Na sequência de uma operação militar israelita, morreu hoje de manhã o líder do braço armado da gihad islâmica”. Imaginemos agora que os factos eram inversos: “A gihâd islâmica acaba de assassinar o general israelita Z” e “Na sequência de uma operação militar da gihad islâmica, morreu hoje de manhã o general israelita Z”.
O noticiário das onze da manhã da TSF abriu com a seguinte notícia: “Israel acaba de assassinar o líder do braço armado da gihad islâmica”. Não é preciso ser muito engenhoso para compreender que existem inúmeras formas de tratar um mesmo facto. Por exemplo: “Na sequência de uma operação militar israelita, morreu hoje de manhã o líder do braço armado da gihad islâmica”. Imaginemos agora que os factos eram inversos: “A gihâd islâmica acaba de assassinar o general israelita Z” e “Na sequência de uma operação militar da gihad islâmica, morreu hoje de manhã o general israelita Z”.
Seja como for, estas simetrias laboratoriais deixariam de ter qualquer razão de ser, no momento em que o editor de notícias da TSF decidisse tratar as coisas pelos seus nomes (a lendária “objectividade”). Ou não é o braço armado da gihad islâmica uma organização terrorista? Há quem pense que não, como se vê. Melhor ainda: há quem prefira fazer passar a ideia muito clara de que Israel é um país homicida. Registe-se o facto.
É assim que muitas vezes se faz opinião. Entre o mar encapelado das notícias.