Crescente poético luso - 4
e
Eis, hoje, o Fragmento nº 3 da "'Abduniyya" de Ibn 'Abdún de Évora (1050-1135):
1
Vão afligindo a noite sem dela se vestirem, por mais comprido que seja o seu manto perfumado de almíscar.
2
Levam consigo um ovo branco abrigado pelo covil que, por amor, como se fora ninho, seus corações esboçam.
3
Entre eles, os corvos das trevas sacodem as penas húmidas das asas e a penugem do peito.
4
Quando se afastam do ventre da noite e seguem para as espáduas do dia eleva-os forte rectidão
que é grande em verdade.
5
Se o medo os agitasse, levantariam as trevas como adaís, e levantariam os ventos como cavalos.
Vão afligindo a noite sem dela se vestirem, por mais comprido que seja o seu manto perfumado de almíscar.
2
Levam consigo um ovo branco abrigado pelo covil que, por amor, como se fora ninho, seus corações esboçam.
3
Entre eles, os corvos das trevas sacodem as penas húmidas das asas e a penugem do peito.
4
Quando se afastam do ventre da noite e seguem para as espáduas do dia eleva-os forte rectidão
que é grande em verdade.
5
Se o medo os agitasse, levantariam as trevas como adaís, e levantariam os ventos como cavalos.
(tradução de Jose Mohedano, sendo minha a fixação da versão portuguesa; Proj. Práxis nº2/2. 1/CSH 7750 795)