Não há uma esquerda vencedora
Há, quando muito, aquilo que pode ser designado por duas esquerdas feéricas que clamam e reivindicam infinitas vitórias.
E, do outro lado, há Sócrates.
A euforia do mesmo saco não pertence, e ainda bem, ao território de que agora se espera um governo.
(Entretanto, lembremo-nos de que Portugal tem 730 000 funcionários públicos, 2 591 000 pensionistas da Segurança Social, 477 000 reformados e pensionistas da Caixa Geral de Aposentações, 307 000 beneficiários do subsídio de desemprego, 351 000 beneficiários do RMI.
Número total: 4.456.000 em 10 milhões de habitantes. Com a família mais próxima este número torna-se, ele sim, numa assustadora maioria absoluta)
(Entretanto, lembremo-nos de que as prestações sociais do estado português aumentaram de 14 para 17 por cento do PIB entre 2000 e 2003 - 6,1 milhões de euros. Esse crescimento correspondeu a 90 por cento do aumento das cobranças fiscais no mesmo período - 6,8 milhões de eutros)