segunda-feira, 8 de setembro de 2003

O 11 de Setembro revisitado - 4

Vem mesmo a calhar nos nossos apontamentos sobre o 09/11 o excelente post dos jaquinzinhos:

O epíteto anti-americano começa a cansar. Os visados reagem. Agora, sempre que se pretende fazer uma crítica eivada de anti-americanismo primário, começa-se por dizer "Já sei que me vão chamar anti-americano..." o que desarma qualquer um! Para um anti-anti-americano, chamar anti-americano ao anti-americano que diz que lhe vão chamar anti-americano é dar razão ao anti-americano. Complicado. Nenhum anti-anti-americano deseja dar razão a um anti-americano, principalmente se o seu anti-americanismo é primário.

Este fenómeno já sucedeu anteriormente com os activistas anti-globalização. Quando se cansaram do epíteto, mudaram-se de armas e bagagens da luta anti-globalização para a defesa de uma alter-globalização. Como quase todos os anti-globalizantes primários que se mudaram para a alter-globalização são também anti-americanos primários, extrapolemos a ideia. Acabemos com os anti-americanos. Daqui para a frente, um bom anti-anti-americano pode epitetar um anti-americano de alter-americano. E o anti-alter-americano pode ser chamado de alter-alter-americano em vez de anti-alter-americano. Para os casos mais básicos (tipo Sepúlveda) podemos manter o anti-anti-americano, ou, em alternativa, o alter-anti-americano.


Há sintonias crescentes, creio.