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Upload, download, carregar imagem ou texto: eis uma linguagem tão ou mais corrente do que a água do dia-a-dia. Há uns tempos - tempos que cabem na minha memória -, a equivalência a estes termos encontrar-se-ia em palavras como albarda, carruagem ou telefonia.
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A diferença estabelece-se em dois aspectos: o primeiro evidencia o rústico (modo menos tosco de dizer "local") e faz-se contrastar com a repetição global; o segundo evidencia a ideia de processo (algo em curso num trajecto que se apresenta quase como instantâneo) e faz-se contrastar com a ideia de dispositivo fixo e adaptado a uma função determinada.
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Em termos expressivos, estas lógicas afastam-se de tal modo que as podíamos comparar à diferença entre o queixume adjectivado da Florbela Espanca e o fluxo suicidário de Amy Winehouse. Entre o beco sem saída do soneto e o encanto abismado e errante em 3D da televolúpia. Entre um torreão de Vila-Viçosa e uma mão cheia de bits que ilustram aquela carinha fantasmática (ali mais em cima).