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Um dia de novo invadido pelo pranto que se esconde nos reversos do espanto solar. Ambiente generalizado de férias: é essa a aura da função muito pública que faz Portugal ser um país matreiro. Fintar no relvado e fintar na vida. Circular, conjecturar e conjurar com pequenos truques, breves devaneios. Também é assim na poesia: enredada e nem sempre clara, embora, quando parece sê-lo, se torne tão transparente quanto a trave da baliza nos antípodas luminosos dos pés de Cristiano.