terça-feira, 13 de maio de 2008

Robert Rauschenberg

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É claro que a segunda metade do século passado se tornou num tempo de desmontagem. Como se um grande motor, rigidamente planeado e ferozmente construído, se tivesse tornado alvo de uma depuração não menos radical. O termo 'pós' cansou. É claro. E cansou antes de qualquer verificação, porque as intensidades vividas foram sempre extremas: quer a da montagem, quer a da desmontagem. O tempo da descompressão como que se evaporou, um pouco mais tarde, sob o fumo do 09/11. E toda esta história acaba hoje, elíptica e simbolicamente, por confluir numa memória: Robert Rauschenberg. Morreu hoje, mas levou consigo uma radiografia fundamental destas mil mutações e assombrações.