sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

Cerveja e literatura - 62

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“Diante de um pequeno restaurante, “Zur Stadt Paris”, há mesas no passeio de uma rua transversal. Vêem-se aí copos brilhantes de cerveja. Do restaurante vem um cheiro um pouco fresco, de cave, talvez a tonéis, tonéis de vinho, tonéis de cerveja. Só então se repara que a Lua apareceu por cima da rua. A noite permanece muito quente.
Para os donos dos restaurantes das ruas calmosas, o Verão não é em Viena o melhor período, embora o calor faça correr mais a cerveja, quando há seis canecas à sombra, como por vezes aqui se diz: é que, terminado o trabalho e mais ainda no fim-de-semana, toda a gente vai para fora…”
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(Heimito von Doderer, A Flagelação Bolsinhas de Camurça seguido de Um Outro Kratki-Baschik, Trad. de José A. Palma Caetano; Lisboa, Assírio e Alvim, 2004, p. 40; participação: Clara Alvarez)