segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Cerveja e literatura - 59

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“No reduzido número das coisas que me agradaram, e que soube bem, aquilo que por certo fiz melhor foi beber. Embora tenha lido muito, bebi mais. Escrevi muito menos do que a maior parte das pessoas que escrevem; mas bebi muito mais que a maioria das pessoas que bebem.” (…) “Vagueei bastante por várias cidades da Europa, nelas apreciando tudo quanto merecia sê-lo. O catálogo, em tal matéria, poderá ser vasto. Havia as cervejas de Inglaterra, onde se misturavam as fortes e as brandas na caneca; havia as enormes canecas de Munique; e as irlandesas; e a mais clássica, a cerveja checa de Pilzen; e o admirável barroquismo da Gueuze, nos arrabaldes de Bruxelas, quando ainda possuía sabor distinto em cada cervejaria artesanal e não suportava ver-se transportada para longe.”
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(Guy Debord, Panegírico, tradução: Júlio Henriques; Edições Antígona, Lisboa, 1995, pp. 37/38; Participação: Carlos Vaz)