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Um palco ideal para um feriado, ou para a sua véspera, ou para todas as vésperas que se dizem com uma bola de cristal no esquecimento. Onde ia eu? Na cerveja? A esta hora? Jamais. Mas leia-se, leia-se o que ao fundo, lá muito ao fundo, acontece:
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“No fundo, um palco. Em toda à volta mesas e sofás rotos e coçados. Um cheiro acre a cigarro e cerveja impregnava o ambiente. Uma bola de cristal, de outras danças e outras modas, rodopiava espalhando estrelas pela face de todos. No palco sete homens moviam-se ao som da sua música lenta, alheados, Uma bateria simples, franciscana, humilde, um contrabaixo, um clarinete, um trompete, um piano, um saxofone, e um negro grande, enorme, de pose pachorrenta e quase obesa que dançava com o seu trompete.”
“No fundo, um palco. Em toda à volta mesas e sofás rotos e coçados. Um cheiro acre a cigarro e cerveja impregnava o ambiente. Uma bola de cristal, de outras danças e outras modas, rodopiava espalhando estrelas pela face de todos. No palco sete homens moviam-se ao som da sua música lenta, alheados, Uma bateria simples, franciscana, humilde, um contrabaixo, um clarinete, um trompete, um piano, um saxofone, e um negro grande, enorme, de pose pachorrenta e quase obesa que dançava com o seu trompete.”
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(Rui Alberto Silva, Sentados no sofá vermelho, Editorial Notícias, Lisboa, 2000, p.114)
(Rui Alberto Silva, Sentados no sofá vermelho, Editorial Notícias, Lisboa, 2000, p.114)