segunda-feira, 16 de julho de 2007

Lisboa

e
Dá que pensar. O partido vencedor não chega aos 30% e tem para festejar, na capital, o povo das excursões que vem do Teixoso, Alandroal, Mirandela e Famalicão. Depois, há um novo partido da engenharia, cujo segundo lugar desmente (razoavelmente) uma qualquer penalização dos ex-responsáveis da CML. O PSD aparece como terceiro partido. Sem comentários. Segue-se o novo partido dos Cotas/Make Love Not War com mais de dez por cento. O PC e o BE têm espaço suficiente para o megafone fracturante (juntos ultrapassam Marques Mendes). Entretanto o PP desaparece e confunde-se com um boomerang táctico que ninguém entende. As praias, ontem, estavam vazias e eu cheguei a lembrar-me - parece que foi agora - de estar no Estádio Municipal de Tomar, corria o ano de 1969 e diziam na "telefonia" que havia eleições (acho que o União local recebia a Académica). O bom povo português devia ler Do Fanatismo de Eric Hoffer, editado entre nós há pouco tempo pela Guerra e Paz. É que, enquanto o paternalismo nacional se preocupa com todos estes sintomas, há uma trepadeira subterrânea que vai crescendo, crescendo, crescendo. Sem que ninguém veja.