quarta-feira, 4 de abril de 2007

I remember JC, Marta e André

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Tempo para relembrar A Paixão (1965) de Almeida Faria:
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“ (...) Será na primavera; no princípio de tudo" (...) "...enterram-se raízes uma a uma, em seguida regaram, regá-las-ão até aos dias sem data” (...) “...festejaremos a preparação da Páscoa e após termos comido lavaremos as mãos na água da ribeira e juntos partiremos pela planície” (...) "Eis que caminha pela manhã da névoa, quando ainda a charneca está cheia dessas aves que cantam como sendo pingos lentos que caem, e, a caminho da missa diária, assalta-o o nevoeiro (...)”
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Almeida Faria: um grande escritor injustamente esquecido pelo fluxo de publicação (o Crazy Horse da literatura) e pela moda almofadada com que hoje se referenciam valores e algumas manchas de verniz.
É verdade, já me esquecia de dizer: Almeida Faria também é um amigo. Convém referi-lo, para que os críticos mais puros, transparentes e honestos me batam comme il faut. De outro modo também não tinha graça.