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o Miniscente está a publicar uma série de entrevistas acerca da blogosfera e dos seus impactos na vida específica dos próprios entrevistados. Hoje a convidada é Maria Augusta Babo, Prof. Universitária, 52 anos
o Miniscente está a publicar uma série de entrevistas acerca da blogosfera e dos seus impactos na vida específica dos próprios entrevistados. Hoje a convidada é Maria Augusta Babo, Prof. Universitária, 52 anos
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- O que é que lhe diz a palavra “blogosfera”?
Ciberespaço-público. A blogosfera veio fornecer outros contornos e reavivar, senão mesmo dinamizar, uma actividade essencial nas democracias modernas: a discussão pública de acontecimentos ou problemas que dizem respeito à comunidade local, mas também global. O fenómeno da blogosfera portuguesa desenvolveu bastante este tipo de intervenção, mais pública do que privada, ou melhor, reformulando a partilha entre o público e o privado, mas com forte incidência no núcleo de questões que, por dizerem respeito à comunidade, são por natureza públicas: ambiente, terrorismo, política interna e externa, questões de urbanismo, estética e arte, ética e bioética, etc.
Resumindo: reforço manifesto de uma consciência de cidadania.
- Seguiu algum acontecimento nacional ou internacional através de blogues?
Sim, vários: guerra no Iraque, conflito israelo-palestiniano ou internamente: nomeação do governo Santana e seus desenvolvimentos, candidatura de Manuel Alegre às presidenciais, entre outros.
- Qual foi o maior impacto que os blogues tiveram na sua vida pessoal?
Eu própria ter participado num blogue colectivo, abordando essencialmente questões de natureza política e de cidadania. Foi mesmo um vício que, talvez por isso mesmo, acabou por se extinguir.
- Acredita que a blogosfera é uma forma de expressão editorialmente livre?
Acredito. A blogosfera sendo um espaço completamente novo e aberto à participação individual no espaço global, rege-se, a meu ver, pelas regulações pragmáticas de outros tipos de discursos e enunciados. Há, como em outros tipos de dispositivos de comunicação, auto-censura, desenvolvimento de enunciados de natureza argumentativa, polémica, provocatória; discursos intimistas, confessionais, subjectivantes ou humoristas, de crítica e de cariz ensaísta. Penso que a capacidade de intervenção intersubjectiva favorece e enriquece o debate. A experiência do debate público em Portugal precisa deste espaço de discussão, só tem a ganhar com ele e merece que se desenvolva. As utilizações mais desviantes - exposição pública do intimismo mais exacerbado - acontecem no domínio do impresso, como da televisão onde atingiram níveis indescritíveis.
- O que é que lhe diz a palavra “blogosfera”?
Ciberespaço-público. A blogosfera veio fornecer outros contornos e reavivar, senão mesmo dinamizar, uma actividade essencial nas democracias modernas: a discussão pública de acontecimentos ou problemas que dizem respeito à comunidade local, mas também global. O fenómeno da blogosfera portuguesa desenvolveu bastante este tipo de intervenção, mais pública do que privada, ou melhor, reformulando a partilha entre o público e o privado, mas com forte incidência no núcleo de questões que, por dizerem respeito à comunidade, são por natureza públicas: ambiente, terrorismo, política interna e externa, questões de urbanismo, estética e arte, ética e bioética, etc.
Resumindo: reforço manifesto de uma consciência de cidadania.
- Seguiu algum acontecimento nacional ou internacional através de blogues?
Sim, vários: guerra no Iraque, conflito israelo-palestiniano ou internamente: nomeação do governo Santana e seus desenvolvimentos, candidatura de Manuel Alegre às presidenciais, entre outros.
- Qual foi o maior impacto que os blogues tiveram na sua vida pessoal?
Eu própria ter participado num blogue colectivo, abordando essencialmente questões de natureza política e de cidadania. Foi mesmo um vício que, talvez por isso mesmo, acabou por se extinguir.
- Acredita que a blogosfera é uma forma de expressão editorialmente livre?
Acredito. A blogosfera sendo um espaço completamente novo e aberto à participação individual no espaço global, rege-se, a meu ver, pelas regulações pragmáticas de outros tipos de discursos e enunciados. Há, como em outros tipos de dispositivos de comunicação, auto-censura, desenvolvimento de enunciados de natureza argumentativa, polémica, provocatória; discursos intimistas, confessionais, subjectivantes ou humoristas, de crítica e de cariz ensaísta. Penso que a capacidade de intervenção intersubjectiva favorece e enriquece o debate. A experiência do debate público em Portugal precisa deste espaço de discussão, só tem a ganhar com ele e merece que se desenvolva. As utilizações mais desviantes - exposição pública do intimismo mais exacerbado - acontecem no domínio do impresso, como da televisão onde atingiram níveis indescritíveis.
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Nos posts de baixo: entrevistas a Carlos Zorrinho, Jorge Reis-Sá, Nuno Magalhães, José Luís Peixoto, Carlos Pinto Coelho, José Quintela, Reginaldo de Almeida, Filipa Abecassis, Pedro Baganha, Hans van Wetering, Milton Ribeiro, José Alexandre Ramos, Paulo Tunhas, António Nunes Pereira, Fernando Negrão, Emanuel Vitorino, António M. Ferro, Francisco Curate, Ivone Ferreira, Luís Graça e Manuel Pedro Ferreira. Amanhã:. Luís Carloto Marques, deputado do Grupo Parlamentar do PSD, indicado pelo MPT (Círculo Eleitoral de Setúbal), 43 anos.
Nos posts de baixo: entrevistas a Carlos Zorrinho, Jorge Reis-Sá, Nuno Magalhães, José Luís Peixoto, Carlos Pinto Coelho, José Quintela, Reginaldo de Almeida, Filipa Abecassis, Pedro Baganha, Hans van Wetering, Milton Ribeiro, José Alexandre Ramos, Paulo Tunhas, António Nunes Pereira, Fernando Negrão, Emanuel Vitorino, António M. Ferro, Francisco Curate, Ivone Ferreira, Luís Graça e Manuel Pedro Ferreira. Amanhã:. Luís Carloto Marques, deputado do Grupo Parlamentar do PSD, indicado pelo MPT (Círculo Eleitoral de Setúbal), 43 anos.