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“É como se os sentidos fossem assíncronos ou tivessem prioridade uns sobre os outros, conforme a situação. À conversa, por mais concentrada que esteja, pareço sempre distraída. Vou olhando para cima, para quem passa, para o copo. Não consigo fixar directamente quem tenho pela frente, não mo levam a mal porque digo que sofro de atenção alta, e sempre se riem. E eu vou falando e ouvindo, mas mais ouvindo.”
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Há tonalidades que não são de diário, nem de drama, nem de epístola, nem de nada disso. Criam-se tecendo o mundo, como se existisse uma mudez onírica a cobrir os géneros e a atravessar o nó das expressões. Há vozes que se dizem como se remassem lentamente num rio distante, espesso, matinal, mas tão sabiamente vivo. Movimentos mínimos que fazem esquecer Truffaut, Renoir ou mesmo Gance. E acabam na sabedoria do gerúndio à procura do tom que nele se abre. Isto é também parte do coração da blogosfera: uma intimidade que não chega a olhar para o perímetro que inunda.
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Há tonalidades que não são de diário, nem de drama, nem de epístola, nem de nada disso. Criam-se tecendo o mundo, como se existisse uma mudez onírica a cobrir os géneros e a atravessar o nó das expressões. Há vozes que se dizem como se remassem lentamente num rio distante, espesso, matinal, mas tão sabiamente vivo. Movimentos mínimos que fazem esquecer Truffaut, Renoir ou mesmo Gance. E acabam na sabedoria do gerúndio à procura do tom que nele se abre. Isto é também parte do coração da blogosfera: uma intimidade que não chega a olhar para o perímetro que inunda.