terça-feira, 24 de janeiro de 2006

Do que me fui lembrar

e
Uma vez - talvez há uns vinte anos -, iniciei um conto que punha na boca de dois personagens (um homem, outro mulher) uma mesma e única pergunta, sempre que estavam com alguém: "Quer ser meu/minha amante?". Faziam-no com a maior das normalidades, após alguns minutos de contacto com outra pessoa do sexo oposto (fosse na farmácia, no cinema, num balcão de pastelaria, numa visita em companhia de agente imobiliário, na loja de bairro, no aeroporto ou num hall qualquer de uma universidade). Os dois personagens viviam em cidades diferentes e cruzar-se-iam, por coincidência, apenas no final da história.
O que não havia então era mail, net e blogues. Acho que é, pois, altura de reatar este prometedor enredo. É talvez daquelas histórias em que mais vale não contrariar, nem dizer seja o que for, só para ver até onde é que vai. Se calhar não vai mesmo a lado nenhum.