Quando Soares, à condição, se diz disposto a exibir o seu "boletim clínico", é porque sabe que a saúde, no seu caso, é uma questão real (ou potencial). Quando Alegre tem a necessidade de afirmar que não é um "candidato de protesto", é porque sabe que é essa de facto a sua marca. Quando Cavaco faz tudo para tornar o seu discurso numa despolitizada sucessão de elipses, é porque sabe que a expressão aberta e franca do seu pensamento apenas contribuiria para afectar o posicionamento que detém. Quando Louçã e Jerónimo dizem ao que vêm (do modo como o dizem), é porque sabem ambos que apenas correspondem ao ruído do marketing "tribunício".