Sempre que os média aproveitam o dia internacional de qualquer coisa para uma súbita inundação temática (que ficará sob silêncio o resto do ano), cria-se, quase necessariamente, uma monstruosidade.
O rosto terrível desse monstro anunciado ficará a pairar na expiação colectiva durante alguns dias e, uma semana depois, há-de diluir-se no mais sigiloso, indiferente e, às vezes, voluntário esquecimento.
Nada que admire a ingenuidade reinante. Até porque é essa a regra com que nos inventamos, ficcionalmente, no tempo: marés invisíveis, ondas perfeitas, oceanos cruéis.