Ontem li no Público (no links) as declarações de um responsável do grupo de teatro, Fatias de Cá. Dizia o artista, a propósito da peça do grupo que entra agora em cena (uma adaptação ilícita, ao que parece, de um romance do Miguel Sousa Tavares), que não queria "chatices do isso dos direitos de autor". Cito a frase tal e qual, pois ela demonstra, por si só, um explícito e assumido desprezo por algo que é precioso para um escritor decente; leia-se: um escritor que não vive à custa de subsídios do estado.
P.S. Segundo consta na imprensa de hoje, o caso (legal) estaria já resolvido. Mas isso não retira qualquer peso ao peso das declarações. Quanto à "decência", trata-se de uma consideração que faço sem presunções judicativas; quer dizer: eu não me sentiria com um mínimo de decência, se vivesse, enquanto escritor, às custas do estado. Mas quem se quiser sentir visado com o que ontem escrevi... que se sinta à vontade!