No balanço dos incêndios
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rA impaciência traiu António Costa na RTP e deu a ver o modo como os factos, inelutavelmente, ultrapassam os governantes. O discurso político moderno começou por ser a dissimulação desse facto óbvio. Mas António Costa esqueceu tudo isso e preferiu falar em público como se estivesse zangado à mesa de um café, deixando de lado o que se espera de um ministro responsável em tempo de fragilidade e de crise: segurança, compaixão e autoridade (o exemplo inglês de Julho passado e a barbárie natural de Nova Orléans podiam ter servido de exemplo a António Costa para a discrição, para a humildade e para a voz de comando tão necessárias quanto negligenciadas).