Madrugada plena
E depois do dia abrasador, regar a relva, as buganvílias, a laranjeira, os gladíolos, as manchas de hortelã-da-ribeira, os jarros, as petúnias e tudo o mais. Um cheiro a agasalho húmido a trespassar a quietação do deserto que ainda tremula nos ares e se apoia às desafogadas telhas da noite. É o regador como alfaia do espírito, como azáfama do ponto morto da felicidade, como azimute do desejo.