Doces e populares
Ontem fui ao Largo de Sto. Antoninho para comer sardinhas e ver tocar os Latinos de Ouro que envergavam camisola azul e calças pretas. Eram acompanhados por duas irresistíveis ninfas de barriga Marie Brizard que ululavam e vibravam com um pouco de tudo: marchas, baladas, chanson française, brasileiras, melopeias pimbas e fado de turbo caído. Os espontâneos da Bica marcavam o empedrado com todo o preceito, o embarcadiço de pulso engessado atirava-se às holandesas que se pelam por estas peças exóticas, enquanto o fogo de artifício ressoava nos ouvidos da bela anã à moda de Kusturica que atravessava a passerelle do clube Zip-Zip com um pimento verde em cada mão.