Ground Zero
Hoje o New York Times cita esta máxima do Governador Pataki:
"This is sacred ground"(...)"We wanted to have cultural institutions that would reflect our pride, our courage."(Governor Pataki)
É interessantíssimo constatar o papel que a “cultura” tem hoje em dia. Sempre que se empossam governos, há dúvidas quanto à lógica da existência de um ministério (menos para as corporações da área). Sempre que se discutem orçamentos, há dúvidas quanto às estratégias a adoptar (património e preservação da memória versus criação contemporânea).
Mas sempre que se evoca seja o que for que abala profundamente a sociedade, lá vem a “cultura”. Lá vem essa “cultura”, cujo valor neo-divino repõe o homem mais comum como um novo deus a procurar em cada um de nós. O “orgulho” e a “coragem” alegados por Pataki inserem-se nesta nova predestinação dos simples mortais.
E neste caso, que é o caso do 09/11, eu abandono a excelência do meta-discurso, e apoio ilimitadamente a ficcionalidade de uma qualquer salvação terrena.