Europa, Europa!
Em Espanha passou-se qualquer coisa de extraordinário. A análise e o juízo políticos do referendo de anteontem recaiu, não tanto no "Sim" ou no "Não", mas antes na arbitrária fasquia dos 40 % de abstenção. Era aí, nessa barreira, nessa medida - não sei com que legitimação - que se decidia a vitória do PP ou do PSOE. E este último acabou por vencer com alguma dose de imprevisibilidade. Estranha forma de vida. Mas tudo isto é a prova provada de que, nos referendos, se vota muito mais no imediato, na conjuntura, nas clivagens paroquiais do que naquilo que é referencialmente posto à votação.