Erro do Público
A direcção editorial do Público deu hoje à estampa uma nota onde se lê:
“A direcção editorial do PÚBLICO reconhece que fez uma má escolha do título de capa ao optar pela expressão "aposta em", expressão ambígua a meio caminho entre o "prevê" e o "apoia".”
Contudo, é óbvio que a acção de “apostar” está muitíssimo mais ligada à acção de “apoiar” (durante a corrida, eu apoiarei fortemente o cavalo em que antes apostei) do que à acção de “prever”.
Prever é sobretudo neutro, ou seja, é meteorológico, é conjectural e é científico (a “thirdness" de Peirce). Parece-me que o “meio caminho” advogado pela direcção editorial do Público é uma espécie de pântano embebido por alguma “má” consciência.
Teria sido melhor enunciar tão-só o erro, apenas isso. O que, aliás, acontece na dita nota.