Argentinas
O meu ex-aluno Bruno Ribeiro anda em nomadização voluntária há alguns meses. De vez em quando, tem enviado uns relatos apetitosos. Já publiquei aqui dois. O que se segue são extractos do último e longo relato da série:
“A Argentina é uma perdição. Um mês e meio neste país foi o suficiente para não querer abandoná-lo. O Luís ficou a viver em Buenos Aires, na bela área de Palermo Viejo. E eu tomo o meu avião amanhã. Talvez adormeça e tardiamente acorde com os olhos iluminados por uma comoção qualquer.”
“As montanhas argilosas e calcárias, elevam-se perto da cidade (Quebrada de Humahuaca). A planície é rodeada por estes altos relevos que convidam as pessoas a estarem sentadas, quando tudo permanece silencioso e apenas as plantas ostentam a sua sombra.”
“Depois veio Tucuman e as tucumanas. Dizem que há sete mulheres para um homem nesta cidade; deve ser por uma razão genética, ligada a factores climáticos.”
“Seguiu-se Mendoza. Esta cidade é um exemplo a seguir para futuros urbanistas. O parque central, fica apenas a quatro quadras do centro. É uma longa floresta com infraestruturas para praticar desporto, fazer churrascos, acampar, dormir uma sesta. Cada rua é coberta por árvores muito antigas que nascem nos extremos dos passeios. São regadas por uma água que passa através de pequenas valas e que é também utilizada para limpar as ruas. As vinhas estendem-se à volta.”
Boa viagem de regresso, Bruno!