Coincidência com a realidade é pura ficção
Imaginemos que uma universidade estatal decide efectuar uma acção de pura montagem entre cadeiras de departamentos já existentes e cria assim, com a maior das artificialidades e com fins apenas quantitativos, uma nova licenciatura em área esgotada e sobreabundante, quer no mercado de trabalho, quer na produção de massa crítica de qualidade (que a escala do nosso país possa absorver). Imaginemos que nada nem ninguém se poderia opor com racionalidade à manobra. Que fazer, então, nesta terra visceralmente corporativa, onde o estigma da ilimitada "função pública" de uns parece coincidir com a quase generalizada impotência e mediocridade (da imagem) de todos?
Nada.