quinta-feira, 30 de setembro de 2004

Pierre, le fou



Nado, abro muito os braços, chego a fundir-me com a água e lembro-me subitamente que posso encontrar a Ofélia, ou, melhor ainda, a Inês que ontem vi dançada pela CNB, com encenação de Olga Roriz. Um segundo quadro plasticamente portentoso apresenta-nos a cena da flagelação e uma outra, erótica e pré-rafaelita, dançada dentro de um lago instalado no palco, encaminha-nos para o Olimpo dos amores perfeitos. Um reencontro com o mito do amor perpétuo, uma água invisível, cativante e catártica. Pedro, o nosso rei da loucura normal.

quarta-feira, 29 de setembro de 2004

Evasão

Este fim-de-semana vou com mais umas vinte pessoas para o Pulo do Lobo em acampamento estilo Idade do Ferro. Depois trata-se de subir (ou descer, não sei ainda) o Guadiana. Boa saída pós-escrita e pré-ano lectivo. Espero que, durante o ano todo, daqui para a frente e até à eternidade, a temperatura máxima continue pelos trinta e tal graus. Sabe bem saborear os marmelos e cheirar o halo das castanhas com um silvo solar que é coisa dos deuses. Quanto às coisas do mundo, continuam no guindaste esbranquiçado do dasein. Estão aí. Para que haja discurso a viver com elas, sonhando-as, delirando-as, filtrando-as. Vejo cabeças a mais dentro desse aquário intoxicado. Pensando, falando. O gerúndio é circular, às vezes oval, mas tem um metabolismo colorido e recheadinho de humor. Gosto muito de fontes, de vestidos brancos, de magnólias e do cheiro da relva depois de cortadinha. Gosto de regar o quintal já de madrugada. Gosto de ver a imobilidade dos muros. Gosto de sopa de abóbora (traduza-se "mogango") com coentros.

terça-feira, 28 de setembro de 2004

Turning Point

Fecha-se a escrita, mas não o estaleiro. Agora é tempo de reparações, de acabamentos e releituras várias. Afagar as letras. Passear, sair de casa, ver o sol, encantar as pedras, redescobrir a voz, encarar o Outono, olhar a praça, percorrer as ruas. Sonhar, desviar atenções, relembrar as estrelas, libertar relatos silenciosos, medir a temperatura do mundo e passar mais vezes pelo blogue. Ponto assente.
Seja como for, encontro-me agora ao leme do turning point: breve passagem, transição, travessia ou interface da alma: mas... existirá uma coisa dessas?

segunda-feira, 27 de setembro de 2004

Toca e foge

Ainda a escrever. O rascunho geral está feito. Faço leituras parcelares e correcções. É o tira e põe. Depois, fechado este ciclo de trabalho, vem o pousio. E só lá para o Natal é que, já distanciado, volto a ler todo o material. A escrever sinto-me feliz. Sinceramente.

sexta-feira, 24 de setembro de 2004

Zás

Às vezes, acontece. Zás. A matéria impõe-se à forma. O texto mergulha no texto, cria ondas de choque, adquire modos de montagem totalmente imprevistos e rema para a frente, em várias direcções, completamente alheio ao teor da manipulação griffithiana. De repente, tal como em alguma arquitectura nórdica onde o encaixe dos materiais gera por si a robustez das linhas de força, também na escrita o sentido resulta mais do ímpeto com que o texto força e penetra o plano, a investigação, a agenda e a sucessão do que outra coisa qualquer. O sentido torna-se então numa rebentação que se desfaz e que volta depois a reencontrar-se. Às vezes, gostava de não fazer outra coisa. Deixar universidades, ensaios, arguições e tudo o mais. Apenas escrever. De braço dado com aquele epicurismo que salva o olhar da miopia quotidiana.

quinta-feira, 23 de setembro de 2004

Still Writing

Não há meio de sair deste claustro. Verão em tempo de Outono. Continuo, pois, claramente mergulhado na contiguidade entre séries de capítulos que se entrelaçam como se houvesse uma espécie de enigmático e irreal destino prescrito. Até breve!

segunda-feira, 20 de setembro de 2004

Writing

Nos últimos quinze dias, pelo menos, e enquanto não começa o ano lectivo e outras arguições e tempestades de muitas naturezas, estou a aproveitar um hiato do tempo comum para escrever. Só para escrever. A coisa promete, prometo eu que até nem sou muito para esses avisos. Mas a prosa só sairá lá para inícios de 2006. Para já, que se dê tempo de vida ao Inventor de Lágrimas (Editorial Notícias) que deve estar, por estes dias, a chegar às bancas (e que foi escrito ao longo do ano de 2003). É por isso que a minha participação no blogue tem sido excepcionalmente baixa. O tempo degela o que o esforço tende a congelar e a compor. Eterna luta. Haja paz neste otium fulminante e repousante de que era tão amigo o veronês Caio Valério Catulo.

sexta-feira, 17 de setembro de 2004

A escrever

Não sei o que dizer no blogue, quando salto do romance para este branco que não tem colorido narrativo, nem personagens de salto alto, nem tijolos da cor do fogo a brilharem diante do olhar mais inocente do mundo.

quarta-feira, 15 de setembro de 2004

Pátios


Luís Pavão

O que a parte histórica de Évora tem de bom são os pátios. Um modo de vida disseminado, uma clausura feliz e invisível, um maremoto de mundos sem rosto, uma panóplia de sigilos resguardados, uma cidade multiplicada por mil cidades a brilhar. Eu que o diga.

terça-feira, 14 de setembro de 2004

Lá fora

E o frio da noite traz consigo um mapa tímido e quase invisível onde não se descortina ainda o que irá ser o seu reino. A seis meros dias do Outono.

Pergunta

Há um provérbio indiano que diz: O verão morre sempre afogado. Será mesmo?

domingo, 12 de setembro de 2004

Procurar não é questionar?

A procura de sentido pressupõe o desejo de um pacto e augura quase sempre um patamar estável. Até porque o vivido, a experiência mais depurada e a suspensão ou redução fenomenológicas tendem sempre para a questionação do sentido e não para a procura.
Profecia domingueira

Se Jesus nasceu entre o ano 6 e 7 A.C., ou seja, antes da sua própria era, assim também se entende a razão pela qual o 11 de Setembro ocorreu alguns anos ainda antes da sua era. Que hora estará para vir?
Procurar relações e implicações decisivas entre eventos que queremos e achamos nodais ou decisivos sempre foi um modo de entendermos a fissura que nos liga ao vivido. Mas ao domingo, garanto, está-se melhor dentro da piscina. Pausa às escritas, pois então!

sábado, 11 de setembro de 2004

Evocando o 9/11


1
É verdade que o pós-Segunda Grande Guerra Mundial criou uma nova disposição legal para aquilo que, à época, ainda era uma noção centrada e quase geométrica, o Estado-nação. A Carta das Nações Unidas foi, desde esse reatar da mais recente história da humanidade, uma espécie de Magna-Carta ou de Constituição reguladora do que passou a designar-se por Comunidade Internacional. Os vetos, os membros efectivos do Conselho de Segurança, os diferendos e as crises mundiais, as dissuasões e as desmedidas hipocrisias da guerra-fria, tudo isso se passou a basear nesse instrumento que, há cerca de meio século, assumiu a tentação de reordenamento do planeta. A partir dessa altura, pode também afirmar-se que o mundo nunca mais foi o mesmo.A queda do muro de Berlim é um facto simbólico que conduziu ao colapso das traves mestras onde todo este edifício assentava. Tal facto libertador, ou, mais geralmente, o facto de as ideologias e outras referências pesadas terem deixado de mobilizar as sociedades contribuiu para um mundo subitamente mais aberto, mais plural e com apetências para a reinvenção democrática. A estas alterações juntou-se uma outra que se traduziu pela entrada em cena de novas tecnologias, através das quais o mundo passou a ser codificado de um modo meteórico e sem precedentes. A legalidade de pós-1945 nunca mais foi a mesma durante esta fase que fez da década passada uma arena em que surgiram novos tipos de conflito (Golfo, Chechénia, Guerra civil da ex-Jugoslávia, Guerra do Kosovo) e de desafios (a mundialização das instituições, a nova economia, as inquietações ambientais globalizadas).O 11 de Setembro, aceite-se ou não, é um acontecimento ainda a decorrer que veio alterar profundamente a já frágil legalidade criada no pós-1945 e que, entre 1989 e 2001, hibernou em atmosfera pouco estável. Subitamente, o espectro do hiperterrorismo, a ameaça do terrorismo nuclear e a sistematização de novíssimos tipos de violência (mormente suicidário e ligado a fundamentalismos religiosos) vieram preencher o quadro incipiente onde uma nova ordem mundial tentava edificar-se. É no seio desta turbulência, própria dos períodos de transição entre duas legalidades duradouras, que a guerra iraquiana ainda acontece, que Madrid aconteceu, que Beslan aconteceu, que Jakarta aconteceu e que o próprio conflito milenar do Médio-Oriente está a acontecer.
2
Portugal é parte integrante da NATO há muito tempo. Esta vertente Atlântica da defesa faz sempre mal a muita gente. Para muitos é uma alergia ainda dos tempos da guerra fria, para outros é um vírus anti-americano que prefere ver na Europa uma grande Suíça sem compromissos e submete a sua defesa e a da democracia a uma retórica sobretudo autofágica. Ter o privilégio de viver em democracia é, para esses pacifistas de conveniência, um dado adquirido e acabado, como se a defesa da democracia e a sua permanente construção não fosse um processo e um percurso complexos, tantas vezes reversível. Não aceitar uma defesa efectiva da liberdade e da democracia, cedendo aos que ao diálogo preferem a cultura do terror e da morte, poderá ser trágico. O prenúncio criado pelo 11 de Setembro de 2001 demonstra-o cabalmente. Viver em democracia para a denunciar permanentemente, recorrendo aos expedientes e fait divers anti-americanos, aos truques hipocritamente legalistas e à apologia de uma neutralidade suicidária, continua a ser o apanágio de muitos. Entendo-o como um luxo que o Ocidente se dá a si próprio. Um luxo que é próprio da liberdade e das democracias criadas nesta área do globo em que nos encontramos, isto é, neste intercontinente Euro-americano. No mundo de hoje, baseado na logotecnia, no instantanismo tecnológico e na actualidade global, a democracia está, no dia a dia, a inventar-se a si própria com uma celeridade sem predecentes nos últimos dois séculos e meio. E vai ter que fazê-lo, cada vez mais, não só contra a cultura do terror e da morte que grassa no planeta, mas também contra todo o tipo de apaniguados da desconstrução democrática que habitam e respiram no privilégio da própria democracia. Essa é, em última análse, a maior lição que o 11 de Setembro nos lega ainda hoje, passados que são já três anos do seu prenúncio. Até porque o 11 de Setembro não foi apenas um facto, uma ocorrência, ou um evento. Ele foi e é um o encetar de um novo quadro em que estamos compelidos a viver. Nele se esbatem tipos de vida, modos de agir, definições de valores e parâmetros civilizacionais. Esquerda e direita são tradições (respeitáveis) que já não se bastam para traduzir este novo arquétipo de separação de águas. Porque, ou se sentiu o 11 de Setembro como algo efémero, localizado e contextualizado historicamente, ou se viu nele um ataque corrosivo a uma forma de vida com que nos identificamos desde o pós-Iluminismo: a democracia. Confesso que estou claramente deste último lado. Ao contrário do que ocorreu na dácada de noventa (pós-dicotomias USA-URSS), altura em que as posições ainda se relativavam com amplitudes significativas, dando corpo a teorias pós-modernas e descontrutoras dominantes na época, hoje em dia tornou-se insuportável não tomar claramente uma posição e ocupar um campo. Não de forma rígida, estriada ou emocional; mas sim de forma convicta, decidida e argumentada. Continuar a assobiar ao sabor do vento, procurando na brisa o confortável e dominantemente correcto é posição que, no dia a dia, mais desvalorizo. Infelizmente, basta abrir muitos jornais mais prestigiados da nossa pequena praça para ler e reler esse intertexto sem fim.
(a partir de um post do Miniscente escrito há um ano)

quinta-feira, 9 de setembro de 2004

Assimetrias interessantes

Ao contrário do que possa parecer, a autonomia da ficcionalidade ainda não é tácita hoje em dia. No ocidente, desde Hume a Kant que a imaginação se foi tornando num caminho fudamental, inquiridor e postulador da era moderna, no seio da qual o revelado se torna, a pouco e pouco, num jogo aberto e plural entre ditames. Só que no, nosso mundo moderno, aqueles que vivem fechados em torno de um texto e de uma história única (religiosa ou ideológica, ainda os há e muitos - e com todo o direito que lhes assiste) podem dar-se ao luxo de intertextualizar ou parodiar (no sentido teórico-literário) qualquer outra narrativa, enquanto que aqueles que se recusam com naturalidade a viverem fechados no casulo de um texto e de uma história únicos já são mal vistos, se se derem a esse mesmíssimo direito. Como se a fé, a crença, ou a convicção não fossem, também elas, motivos repartidos, variados, abertos e caleidoscopicamente possíveis e cruzados! Que nome merece esta tão pouco simétrica e realista ilustração dos nossos dias, digam lá?
Iminências contemporâneas

O reconhecimento tardio (Penélope vs. Ulisses, Maria Madalena vs. Cristo ressuscitado de Jn 20,14) é, porventura, uma prova mítica de amor. Nessa medida, a espera é um desígnio tão ideal quanto a paixão ao implicar a deformação do objecto observado. Depois de a imagem lentamente refluir, acede então aos sentidos a real voragem da entrega total. Só Godot não foi reconhecido por ninguém, nem terá chegado até hoje ao nosso convívio, mas esse é também o rosto do fantasma que sucumbiu em nós ao halo da lenda, à experiência do arquétipo, ou à memória mais involuntária. Depois das provas de paixão, passámos apenas a receber anti-heróis, cuja demanda é reconhecível de imediato, sem reservas, sem esperas, sem quase nenhuma idealidade. Infelizmente assim é. Apenas o hiperterrorismo e a iminência metafórica das crises com que respiramos o quotidiano parece, aqui e ali, subtrair-se a uma tal banalização do mito. Ser contemporâneo é estar na disforia e na previsibilidade do actual, mas sempre com a retaguarda do mito entre mãos.

quarta-feira, 8 de setembro de 2004

Changing


via Posthuman Blues

Quando as mudanças dos ecossistemas se tornaram num efeito e simultaneamente numa visão (étimo de apocalipse) de nós próprios, assistimos todos ao apogeu das teorias em que os efeitos passaram a ser apenas uma película muito ligeira do que está à nossa volta. Até porque as simulações entraram em cena e as aceleradas mudanças passaram a ser parte do novo cenário natural. Death is real.

terça-feira, 7 de setembro de 2004

E agora algo completamente diferente

Antes de me ligar às arguições e outras gestas e metas da academia outonal, vou ainda tentar resvalar para as invenções bruxuleantes (embora esta palavra só tenha cabimento num certo poema do Jorge de Sena). Um romance começa-se como quem sobe à árvore para colher um fruto e acaba por encontrar no caminho um ramo que nem sobe nem desce, nem tão-pouco pertence seja a que árvore for. Esvoaça, erra, vegeta, paira, sei lá que vida faz o inesperado ramo que se suspende diante da admiração geral. Mas, num esforço hercúleo, fala-se com ele, galho no galho, olhos nos olhos, e percebe-se, por fim, que existem fatias de mundo que não pertencem aos alicerces deste que nos arrasta pelo tédio anímico e às vezes morno do quotidiano. Nessa altura, o autor, este mesmo que aqui escreve, transforma-se em ramo suspenso e parte para outra. Longe de todas as árvores, mas perto da seiva de cada uma. Expliquei-me bem?
Bimba

A agenda: para além da novíssima e terrível guerra pós-09/11, que muitos ainda persistem em ignorar quando falam do mundo, será um blogue obrigado a referir-se ao que faz história nas histórias veraneantes dos média? Eu prefiro desenhar cidades de papel. Cada vez mais. Mas a maior parte dos blogues, pela visita que agora acabei de fazer, continua a embarcar, à direita e à esquerda, no vórtice das corporações jornalísticas. Lá fora, do outro lado das janelas, já quase nem há brisa. A macieira e a ameixoiera aparecem encostadas como se a lua e o céu fossem histórias da mesma agenda e do mesmo sudário sem dono.
Quatro perguntas

Onde andará esse mês que me escapa na procura dos ecos de Setembro?
Onde parará esse eco que me invade o excesso esquecido de Setembro?
Onde escoará essa procura que me trai a cegueira perdida de Setembro?
Onde voará essa nostalgia que me simula em silêncio a ira de Setembro?
Primárias

Sabem qual é a minha posição? Pois fica só aqui entre nós que ninguém nos ouve: Sócrates: a redenção kitsch (já o havia escrito), embora, pela certa, futuro Primeiro e senhor crente dum invejável pacto tecnológico (Rah Rah Rah!). Alegre: um caçador em reservas alentejanas, um poeta chato, um indignado de atrites políticas do século XIV (Ruh Ruh Ruh!). Soares: é tão mau que prefiro dizer em Neerlandês: een klein beetje van nieks gemaakt (Rih Rih Rih!). Por que perde um Carmelo a paciência? Gooie vraag (boa pergunta).

segunda-feira, 6 de setembro de 2004

Músicas do fogo



O Site Meloteca.com incluiu o meu livro Músicas da Consciência (2001) entre as demais animações da sua mediateca. O curioso é que esse meu livro nada tem a ver com música, não sendo o seu autor, moi même (infelizmente, quem sabe?), um cantor, um compositor, um DJ, ou um ensaísta concentrado no intra-muros da urbe estritamente musical. A música surge no livro em causa como uma espécie de metáfora do cruzamento entre perspectivas da obra neurobiológica de António Damásio e alguma tradição daquilo que, no final do século XIX, se veio a designar por semiótica (e não pela posterior e datada semiologia franco-estruturalóide). Aliás, no prefácio ao livro, António Damásio precisava:

E qual é, afinal, o objectivo desejado ? De modo simples, trata-se de um juízo acerca da compreensão dos sentidos do ser de cada um em termos mentais, enquanto seres vivos que somos a habitar a casa do universo, sem esquecer o juízo correspondente acerca da fábrica biológica que não apenas estabelece um correlato com as ocorrências da mente, mas que acabará, um dia, quando a fusão entre as descrições de ordem mental e biológica estiverem devidamente realizadas, por ser revelada como constituindo, ela mesma, o próprio conjunto das ocorrências da mente.

Como se vê, a música dizia respeito aos sentidos do ser, ou ao modo como o filme da mente - amiúde pouco explícito ou visível na consciência - está sempre pronto a significar, se se quiser, a própria musicalidade múltipla de que é feita a vida.
Há confusões extraordinárias. É com elas que, aqui e ali, ainda nasce o fogo.
Mais prata



E eis que o meu amigo Luís Coelho criou o seu photoblog. Assim é que é, abrir-se à injunção e à interacção da blogosfera. Parabéns!