Mundo de ofuscações
Juan Lecuona
Em Agosto há uma ofuscação de mundos que são habituais. Um certo eclipse consentido. O que parece estar agora à mostra é a indústria do lúdico, mas os ludemas são os primeiros a reduzir-se ao fumo da excitação de que falava Proust:
(para Swann) “a presença de Odette dava àquela casa uma coisa que faltava em todas as outras em que era recebido: uma espécie de aparelho sensitivo, de rede nervosa que se ramificava por todas as peças e que lhe trazia ao coração constantes excitações.”
É a simulação da indiferença, a ofuscação falseada, ou o tosco eclipse desenhado no toldo da praia em jeito de um rudimentar teatro de sombras.