quinta-feira, 8 de julho de 2004

Falso céu azul

Hoje Lisboa está suspensa sobre a ausência. De Verão, de euforia, de governo, de rocks e de outras memórias de cor vincada. A cidade parece estar assente em fios de seda e, ao mesmo tempo, como que descola os seus frágeis alicerces de gaiola dos limiares do rio e das orlas agitadas das colinas. Há uma errância súbita naquela compreensão momentânea do tempo que designamos por crise. No entanto, hoje, mais do que errância há suspensão. Hoje, mais do que crise há amputação. Suave, cândida, enfadadamente portuguesa.