Passar por quem passou por cá – 1
Vermittlung von Kunstwerken, Lynn Chatwick
Uma a duas vezes por semana, vou passar a dar conta de uma visita aos blogues que mais me visitam (impor-se-á sempre uma selecção, como é natural).
Começo pela Charlotte, uma das presenças mais assíduas e que melhor recebo cá em casa. No tempo blogosférico, pode dizer-se que se trata já de uma amizade clássica. E assim fiquei a saber pela própria Bomba como aproveitar um Sábado à noite diante da televisão: “Há um prazer e um gozo na maldade que vicia por ter graça.” Espreitar e ver. Vale a pena.
Na nossa breve viagem, também reparámos que os felinos passaram a ter um blogue. Devidamente preenchido. A espécie agradece, naturalmente.
Mais para o interior, com vista para Monfurado e Escoural, há o Digitalis. Um excelente blogue que visito muito regularmente. Aconselho-o a todos.
Já agora que falamos de fontes e de letras, deixo aqui o meu obrigado ao Rodrigho Gurgel pela reflexão sobre as editoras.
Para sul, a caminho do Índico, temos outra cumplicidade longa e mutuamente revisitada: o Ma Schamba, esse aroma esclarecido. Hoje publica-se lá um excelente post "sobre blogues". É ir e ver.
Regressando aos quarenta graus de latitude norte, devo dizer que é inegável o gosto que me dá a escrita do Alexandre Monteiro. Embora, às vezes, me bloqueie o Internet Explorer. E porquê?
Entre o irrespondível, o terrível e devotadamente belo, eis que me encontro com uma das mais recentes imagens de O Projecto: a nova biblioteca pública de Seatle. Obrigado pela notícia. Obrigado pelo contagiante excesso da notícia.
Devido aos baques que estas súbitas visões originam, nada mais aconselhável do que o sonambulismo anunciado pelo Babugem (deve ter sido da feijoada, não?)
Mais acordados e às vezes muito espicaçados, esta outra malta, com alguma razão, diga-se, lá acaba por trocar toda a história da filosofia pragmática por um baralho de nada. Radicalismo à parte, nem Peirce, nem James mereciam isso!
Entretanto, longe de polémicas, este simpático blogue é demasiado lento no profundo azul com que se abre perante o leitor, antes ainda de aparecer. E assim fica, azul, infinitamente azul.
Por fim, O olho de girino, a quem outro dia tentei tirar uma dúvida de época (nesse tempo havia ainda a chamada “fruta da época” nas ementas dos restaurantes), fala-nos da recente realização de Morgan Spurlock sobre os McDonalds. Biografismo e denúncia. Gosto mais de bons legumes, bife de lombo mal passado e umas ervas raras com mostarda, sim senhor. Mas não sou fundamentalista. Até à próxima.