quinta-feira, 29 de janeiro de 2004

Semiotics


Christian Nolle, Semiotics 101

Eu estou de acordo Alexandre: preferia um mundo em que comunicássemos todos por telepatia. Já não era preciso a semiótica para nada. Mas, nesse caso, o próprio corpo humano teria tido um desenvolvimento muito diferente. Provavelmente não teríamos membros para gesticular (lá se ia a encenação do Paulo Ribeiro que vou ver amanhã), provavelmente não teríamos lábios (lá se ia o suave mistério da Mona Lisa), provavelmente também não teríamos orelhas (lá se ia o prazer de saltar com os olhos bem fechados ao som de Monteverdi). Estou em crer que, se não fôssemos seres semióticos, seríamos meros espigões marcianos sem aquela angústia primata que nos permite imaginar os olhos dos deuses e a cor do veludo das cortinas para onde estou agora a olhar. Não é?