Ontem, hoje
Ontem um alaúde a vibrar algures sobre telhas ainda húmidas de tanto temporal, hoje a falésia a adormecer no abismo das vagas que soletram o ofício antigo do tempo. Ontem um relâmpago sem fim a abrir brechas e riscos de luz de tanto clarão, hoje a cidade lavada e quase despovoada pela brancura das paredes a desafiar o silêncio.