terça-feira, 20 de janeiro de 2004

Não-lugares

E por que razão caminhará o meu cão, quando recebe um osso, sempre e invariavelmente, para um tapete negro que se esconde no canto da cozinha? Decerto que a coisa deve misturar profundos fetichismos com alegorias cavernais jamais escritas no mundo canino. Seja como for, esta fidelização épica pelos lugares tem a contrapartida humana na ancestral sacralização dos espaços. Por outras palavras ainda: cada um transforma, a seu belo prazer, o espaço em lugar.