Salut
Nada tenho contra um sistema de dupla maioria, tal como é delineado pelo actual projecto de constituição europeia, i.e., 50% dos países e mais de 60% da população, como critério plausível de decisão. O que me intriga não é este tipo engenhoso e ecléctico de arquitecturas e soluções.
O que me intriga é imaginar que a simples consagração de um texto possa vir a salvar a Europa dos novos embates e processos de concertação em que está inevitavelmente envolvida e de que não se pode furtar.
Feitas as devidas diferenças, há qualquer coisa aqui, sinceramente, que me faz lembrar a imagem móvel e fotogénica de Arthur Neville Chamberlain a aterrar em Londres exibindo na mão um texto que antes havia assinado algures a sul da Alemanha. Lagarto, lagarto.