Por desafio de um amigo, o Nuno Nabais, estive esta tarde a escrever o texto para a conferência de boas-vindas ao Seminário Internacional de Filosofia e Literatura - espaço e linguagem em Proust e Kafka (organizado pelo Centro de Estudos de Comunicação e Linguagens da Universidade Nova de Lisboa, Centro de Estudos Comparatistas da Universidade de Lisboa e Centro de Estudos Pós-Metafísicos do Rio de Janeiro). O encontro abre em Évora e encerra em Lisboa. Por isso mesmo, tentei associar a morfologia evolutiva e variada de uma cidade - neste caso Évora, onde nasci - à teoria deleuzeana do rizoma. Pelo caminho, falei da Metamorfose e das práticas de desconstrução no modo como a espacialidade urbana se digladia com as memórias. O resultado foi engraçado. Irei ler o texto na próxima Quarta-feira, no salão nobre da CME. E, depois de ter entregue à Europa-América a minha encomenda do ano, o livro Estudos Semióticos - uma introdução, é este o meu último acto do lado académico, antes de férias. Quem ficou a perder com o investimento deste primeiro semestre foi a literatura que se limitou a uma pequena semana do passado Fevereiro. E com a aventura, mesmo pequena como foi, ficou mais um romance à espera de melhores dias. Talvez em Setembro, quem sabe.
Nem a palavra "reminiscente" existe, no Diiconáriop da Academia (onde, acredite-se, não constam as palavras "semiótica" e "semiologia" !), mas, seja como for, um nome é sempre um nome. Daí o "Miniscente": um facto que celebra a reminiscência, mas sem remissão entre dois tempos, o da memória involuntária e o actual. No Miniscente, fica tudo num só plano, aberto, plural, imediato, voraz, rugido, ver-se-á o quê mais. Avec le temps...