O Corredor
Era silencioso
longo
e a cortina ao vento
paralisava os sentidos
ao fundo
havia um corrupio de pombos a revolver
a escrita com que se respirava
o ar profundo e fresco do poço
passavas em frente da cortina
bordada pelas viagens e aí permanecias
como se fosses uma deusa vestida de negro
a olhar para a crista das ondas
até que um dia a sétima vaga subiu pelo farol
e drenou a imagem com que te apagaste
na lembrança dessa paixão
que era a minha.