quinta-feira, 13 de março de 2008

Cerveja e literatura - 68

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A palavra a Maria do Rosário Fardilha :
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"Acabo de ler A Morte Feliz de Albert Camus. Na Segunda Parte, «A Morte Consciente», o protagonista, Mersault, deambula por Praga. Um dos hábitos que adquire é o de jantar todos os dias num restaurante que descobriu por acaso "donde saía um som de acordeão":
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"A um canto, raparigas de lábios besuntados comiam qualquer coisa. O resto dos clientes bebia canecas de cerveja preta, a cerveja adocicada da Checoslováquia" (p. 76).
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"Continuava a comer no mesmo restaurante, onde já se não sentia um estranho. Ocupava o mesmo lugar, ao lado do homem da estrela vermelha, que só vinha à noite beber uma caneca de cerveja e remoer no seu eterno pau de fósforo." (p. 80)
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(Albert Camus, A Morte Feliz, Edit. Livros do Brasil, Lisboa, 2002, pp. 76 e 80; participação:
Maria do Rosário Fardilha)