Em Portimão, consegue ver-se o futuro no seu pior. Um mundo em que a maior parte do que se construiu, na segunda metade do século XX, não passa (não passará) de um monte de ruínas. Torres desconexas, péssimos acabamentos, marquises decrépitas, ferros a esventrar o cimento recente; azulejos esverdeados, cúpulas toscas, fontes de betão e sinaléticas sem uso. Perquenas casas e mansões belle époque resistem, isoladas e discretas, a esta polifonia sem acerto. Mas já lhe colocaram alumínio da cor do latão para precaver tal timidez.