sexta-feira, 2 de novembro de 2007

Cerveja e literatura - 42

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Com acidez, minúcia e ponta da espada afiada, Baudelaire diz em voz alta o que noutros Países Baixos ainda hoje se replica, sempre que se fala da bela nação trapista da Bélgica (Belgische trappisten!):
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“Os Belgas expõem os seus vinhos. Não bebem por gosto mas por vaidade – para se mostrarem à moda, ou se parecerem com os franceses.
A Bélgica, paraíso dos caixeiros-viajantes de vinhos.
Bebidas do povo: o faro (*) e a genebra.”
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(*) Tipo particular de cerveja que se bebe em Bruxelas. (N. Do T.)
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(Charles Baudelaire, Escritos Íntimos, tradução: Fernando Guerreiro; Editorial Estampa, Lisboa, 1994, p. 189)