terça-feira, 4 de setembro de 2007

Cerveja e literatura - 3

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Não gosto especialmente de Feliciano de Castilho. Mas esta passagem sempre ilustra a perspicácia terapêutica da fermentação:
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"- Onde está aqui o mel e a agua-ardente?....
- Se não tem receitas mais promptas para os seos doentes!....
- Bem sei que não ha agua-ardente nem mel, mas se tivessemos uma dorna de cerveja!....
Conta Olearius, que um urso na Livonia....
- Para o diabo você e mais o seu Oleado!
- Uma última indicação e desço da tribuna para deixar livre a palavra aos meos illustres adversarios. Tem ahi alguem uma luva que possa dispensar?"
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(Mil e Um Mysterios, Romance dos Romances, Obras de António Feliciano de Castilho, Tomo III, Capítulo XX, O Monstro, p. 170, Typografia Lusitana, Lisboa, 1845)