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O Verão a entrar no ritmo de trabalho: últimos cursos, arguições, notas de passagem, resumos de texto, releituras e sobretudo o lazer como horizonte sempre imperfeito. O único modo que tenho de descansar é permanecer na cadência de um projecto onde se imagina e escreve como se o abismo fosse já aqui. Coisa inadiável. Ontem não vi telejornais e hoje ainda não os li, nem em papel nem na rede. Há um lado maravilhado neste e noutros alheamentos que inscrevem o que há a dizer no inaudito. Corro as persianas e não chego a abrir o ar condicionado: gosto deste calor mole que adorna a pele como se fosse uma lava invisível e breve.