quarta-feira, 28 de fevereiro de 2007

Mini-entrevistas/Série II – 138


LC
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O Miniscente tem estado a publicar uma série de entrevistas acerca da blogosfera e dos seus impactos na vida específica dos próprios entrevistados. Hoje a convidada é Inês Amaral, Docente no Instituto Superior Miguel Torga, Coimbra (http://ideiasdigitais.blogspot.com/).
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- O que é que lhe diz a palavra “blogosfera”?
O fenómeno da blogosfera traduz o alargamento do espaço público. A nova ágora que surge com os weblogs parte de plataformas que permitem a auto-edição para um novo contexto social, um ambiente completamente diferente que altera o tradicional processo de comunicação vertical e unilateral para um paradigma horizontal e bilateral. Na minha opinião, a blogosfera é a materialização de antigas utopias como a “aldeia global” de McLuhan ou a “era de Emerec” de Jean Cloutier). Considero mesmo que os webloggers são novos actores sociais intervenientes na sociedade civil numa esfera pública à escala global.
- Qual foi o acontecimento (nacional ou internacional) que mais intensamente seguiu apenas através de blogues?
Não me recordo de ter seguido qualquer acontecimento única e exclusivamente através da blogosfera. Mas a verdade é que os weblogs foram e são uma excelente fonte de informação, sobretudo diversificada em vários casos. Por exemplo, na altura da guerra do Iraque os war blogs tiveram uma força imensa e recebi muita informação através da blogosfera.
- Qual foi o maior impacto que os blogues tiveram na sua vida pessoal?
Sigo o universo dos weblogs há muitos anos e, inevitavelmente, a consulta diária à blogosfera tornou-se uma rotina. Assim, tornou-se uma área de interesse sobre a qual tenho investigado e produzido alguns artigos.
- Acredita que a blogosfera é uma forma de expressão editorialmente livre?
Gostava de acreditar que sim, mas tenho dúvidas. A força dos weblogs e o acesso à difusão por parte de qualquer cidadão (a democratização da publicação, na minha opinião) faz com que o universo da blogosfera seja demasiado perigoso. Para o percebermos basta estarmos atentos aos assustadores números de prisões dos chamados “ciberdissidentes”, um pouco por todo o mundo. E atenção: não é só no denominado Terceiro Mundo.
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Entrevistas anteriores (apenas a Série II): Eduardo Pitta, Paulo Querido, Carlos Leone, Paulo Gorjão, Bruno Alves, José Bragança de Miranda, João Pereira Coutinho, José Pimentel Teixeira, Rititi, Rui Semblano, Altino Torres, José Pedro Pereira, Bruno Sena Martins, Paulo Pinto Mascarenhas, Tiago Barbosa Ribeiro, Ana Cláudia Vicente, Daniel Oliveira, Leandro Gejfinbein, Isabel Goulão, Lutz Bruckelmann, Jorge Melícias, Carlos Albino, Rodrigo Adão da Fonseca, Tiago Mendes, Nuno Miguel Guedes, Miguel Vale de Almeida, Pedro Magalhães, Eduardo Nogueira Pinto, Teresa Castro (Tati), Rogério Santos, Lauro António, Isabela, Luis Mourão, bloggers do Escola de Lavores, Bernardo Pires de Lima, Pedro Fonseca, Luís Novaes Tito e Carlos Manuel Castro, João Aldeia, João Paulo Meneses, Américo de Sousa, Carlota, João Morgado Fernandes, José Pacheco Pereira, Pedro Sette Câmara, Rui Bebiano, António Balbino Caldeira, Madalena Palma, Carla Quevedo, Pedro Lomba, Luís Miguel Dias, Leonel Vicente, José Manuel Fonseca, Patrícia Gomes da Silva, Carlos do Carmo Carapinha, Ricardo Gross, Maria do Rosário Fardilha, Mostrengo Adamastor, Sérgio Lavos, Batukada, Fernando Venâncio, Luís Aguiar-Conraria, Luís M. Jorge, Pitucha, Gabriel Silva, Masson, João Caetano Dias, Ana Luísa Silva, Ana Silva, Ana Clotilde Correia (aka Margot), Tomás Vasques, Ticcia Patrícia Antoniete, Maria João Eloy, André Azevedo Alves, Sílvia Chueire, André Moura e Cunha, Helder Bastos, José Bandeira, João Espinho, Henrique Raposo, Jorge Vaz Nande, João Melo, Diogo Vaz Pinto, Alice Morgado e Sérgio dos Santos, Adolfo Mesquita Nunes, João Paulo Sousa, Pedro Ludgero, João Tunes, Miguel Cardina, Paula Cordeiro, Edgar e André Azevedo Alves. Hoje: Inês Amaral.