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Sobrepor a "paridade" à qualidade não só menoriza as mulheres como sobretudo estupidifica a sociedade. Mas parece ser esse o intuito de um projecto de lei do PS - com o apoio missionário do BE - que pretende obrigar as listas eleitorais a um "limite mínimo de representação por sexos de 33,3 por cento" (ver Público: sem links).
Se a medida fosse aplicada à composição das turmas nas universidades, grande parte das actuais alunas ficaria à porta, enquanto esse novo tipo de delinquente que dá pelo nome de "homem" preencheria uma boa parte dos lugares (de que anda misteriosamente arredado há anos e anos).
Misturar o "gender" com decisões administrativas e políticas conduz as sociedades ao paternalismo absurdo. O "gender" é giro, sim senhor, mas é para mesas redondas, para este tipo de polémicas e para os novos entertainments que dão emprego e motivo de tese a "investigadores" e a professores de mestrado especializadíssimos. Mas misturar a lógica do "gender" com engenharias socias perfectíveis e sobretudo impostas é entrar no limiar da intolerância.
Pelos vistos, há muito boa gente que insiste em não ter aprendido as lições do século passado. E ainda por cima - estou quase certo disso -acreditam ingenuamente que este tipo de despotismo celebratório irá resolver as "desigualdades" entre sexos.